quarta-feira, 6 de abril de 2011

turma- 431-roteiro para o trabalho: 11/04

Pimpolhos...
segue o roteiro para o trabalho da próxima segunda, dia 11-04.
sugestão: imprimam o texto.
Na aula, teremos uma bateria de perguntas sobre o texto.
o trabalho será em duplas( de dois...dããã)
Possivelmente haverá imagens relacionadas ao texto.

mãos à obra

CLIMA E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS DO BRASIL

CLIMA

Definições:
*Tempo – refere-se ao comportamento da atmosfera em um determinado
momento e lugar. O tempo pode se alterar rapidamente com as mudanças nas
condições atmosféricas.
*Clima – refere-se ao comportamento da atmosfera observando-se a sucessão
dos tempos meteorológicos com ciclos que se repetem, em linhas gerais, a
cada ano. Alterações climáticas ocorrem em períodos mais longos. Situações
anômalas em determinado ano não são suficientes para caracterizar alterações
permanentes no clima de uma região, país ou continente.
Confira os elementos do clima:

Elementos do clima
*temperatura
*pressão atmosférica
*ventos
*umidade do ar
*precipitações
As massas de ar são porções da atmosfera com determinadas condições
de temperatura, umidade e pressão atmosférica. Constituem uma síntese dos
elementos do clima, mas com caráter dinâmico, deslocando-se das áreas de
alta pressão para as áreas de baixa pressão.
Agora conheça os fatores do clima que interferem nos seus elementos:
Fatores climáticos
*altitude
*latitude
*continentalidade
*maritimidade
*vegetações
*correntes marítimas

É muito importante você conseguir entender como são as relações entre
os elementos e os fatores do clima:
*Correntes marítimas – as correntes quentes (que se originam nas áreas
equatoriais e tropicais) provocam a elevação do índice de umidade nos litorais
banhados por elas. A maior temperatura de suas águas favorece a evaporação
fornecendo mais umidade para a atmosfera. As correntes frias atuam de
maneira oposta. Suas águas geladas (provenientes das regiões polares)
promovem a queda da temperatura e da umidade na atmosfera. Sem a
evaporação e a umidade não se formam nuvens, conseqüentemente não há
chuvas. Os litorais banhados por correntes frias desenvolvem a formação de
desertos (ex: Deserto de Atacama no norte do Chile e sul do Peru, influenciado
pela Corrente fria de Humboldt).
*Vegetações – não é somente o clima que interfere nas vegetações. O oposto
também ocorre. Florestas densas com árvores altas como na região equatorial
fornecem muita umidade para a atmosfera e dificultam a circulação de ventos
na superfície. Formações abertas e de pequeno porte como a caatinga no
Sertão nordestino fornecem pouca umidade para a atmosfera e facilitam a
circulação de ventos na superfície.
*Maritimidade – sua atuação é típica das regiões litorâneas ou próximas a
elas. A presença de uma grande massa de água (o oceano) fornece muita
umidade para a atmosfera. Esse fato promove uma moderação do clima com
menor amplitude térmica (diferença entre a temperatura máxima e a mínima).

*Continentalidade – sua atuação é oposta a maritimidade. No interior do
continente, longe, portanto de grandes massas de água, a atmosfera é,
geralmente, mais seca. Com essas condições haverá maior rigor no clima com
maior amplitude térmica.
*Latitude – as regiões mais próximas do Equador (baixa latitude) apresentam
temperaturas mais elevadas devido à maior incidência dos raios solares.
Afastando-se do Equador, devido à curvatura da superfície terrestre, a
incidência dos raios solares se dá de maneira mais inclinada provocando
temperaturas menores. A relação entre a latitude e a amplitude térmica é
direta. Quanto maior é a latitude, maior é a amplitude térmica.

*Altitude – a atmosfera é aquecida de baixo para cima. Além disso, nas
camadas mais baixas da atmosfera o ar é mais denso, retendo melhor a
radiação solar refletida pela superfície da Terra. Quando subimos no relevo
passamos por camadas de ar menos denso, o que facilita a dispersão da
radiação solar de volta para o espaço. Assim, em baixas altitudes a
temperatura é mais elevada. Em maiores altitudes a temperatura é menor.

TIPOS DE CHUVAS
*Frontais – ocorrem no encontro de duas massas de ar, uma quente e outra
fria. É muito comum no Sul, Sudeste, parte do Centro-Oeste e litoral
nordestino quando as massas frias vindas da Antártida penetram no território
brasileiro entrando em contato com as massas quentes, tropicais e equatoriais.
*Orográficas – ou de relevo. Típicas de porções do litoral brasileiro, ocorrem
quando ventos úmidos provenientes do Atlântico se aproximam da costa
brasileira e enfrentam barreiras de relevo como as encostas do Planalto
Atlântico. Para ultrapassar essas encostas os ventos sobem o que provoca a
condensação da umidade e a queda das chuvas. O litoral paulista é o local de
maior índice de chuvas no Brasil, em parte devido à constância desse tipo de
precipitação.

*Convectivas – acompanha o tradicional ciclo hidrológico na natureza. O
aquecimento da água pelo Sol provoca sua transformação em vapor. Esse
vapor d’água sobe com as correntes de ar quente (mais leves). Em maiores
altitudes, com as menores temperaturas, ocorre a condensação, formação de
nuvens e, quando se atinge o ponto de saturação, a chuva. É muito comum em
áreas quentes como a região equatorial.

PRESSÃO ATMOSFÉRICA E VENTOS
O ar atmosférico é composto por uma série de elementos como o
oxigênio, o nitrogênio, o vapor d’água, gases nobres, partículas em
suspensão... Todos esses componentes possuem massa e são atraídos pela
força da gravidade terrestre. Ela impede que essa atmosfera escape para o
espaço. Portanto, o ar tem peso. A força-peso que o ar atmosférico exerce
sobre tudo o que se encontra na superfície do planeta, em todas as direções e
sentidos é chamada de pressão atmosférica. Ela sofre variações com a altitude
e temperatura.
Considerando-se que não ocorra variação de latitude ou de outros fatores
que modifiquem a temperatura, locais de baixa altitude apresentam maior
pressão atmosférica (ar mais denso) e locais de elevada altitude apresentam
menor pressão atmosférica (ar menos denso).
Mas, pensando em uma situação em que a temperatura se modifique,
temos que, o aquecimento do ar provoca sua expansão e uma diminuição de
sua de sua densidade. Assim, uma pressão menor. O resfriamento do ar
atmosférico provoca sua contração e um aumento de sua densidade, portanto,
uma pressão mais elevada.
Os ventos são deslocamentos do ar atmosférico, sempre soprando das
áreas de alta pressão em direção às áreas de baixa pressão. Podem ser
classificados em:
*constantes – sopram sempre no mesmo sentido. Um exemplo importante
são os ventos alísios que sopram dos Trópicos para o Equador. O território
brasileiro é afetado por esses ventos, provenientes de Nordeste e Sudeste.
*periódicos – ventos que mudam sua direção em períodos opostos. O litoral
brasileiro é afetado por um vento periódico muito comum: as brisas marítimas
que sopram do mar para o continente durante o dia e as brisas terrestres que
sopram do continente para o mar no período noturno. Outro vento periódico
muito importante são as Monções no Sul e Sudeste da Ásia.

Observem a atuação das massas de ar no Brasil:



















*A - Massa Polar Atlântica (m.P.a.) – durante o verão chega ao território
brasileiro menos fria e mais úmida contribuindo muito para a ocorrência das
chuvas frontais. No inverno é mais fria e menos úmida contribuindo para a
formação de geadas, queda de neve (esporadicamente no Sul do Brasil) e para
o fenômeno da friagem na Amazônia Ocidental e Centro-Oeste.
*B - Massa Tropical Atlântica (m.T.a.) – é quente e úmida. Atua no leste
do nosso território provocando chuvas na fachada litorânea do Nordeste,
Sudeste e parte da Região Sul.
*C - Massa Tropical Continental (m.T.c.) – é quente e seca. Proveniente
da Depressão do Chaco no Paraguai contribui com o inverno quente e seco da
porção central do território brasileiro.
*D - Massa Equatorial Atlântica (m.E.a.) – quente e úmida. Proveniente do
Atlântico, na região equatorial, provoca chuvas no litoral da Amazônia e parte
do Nordeste.
*E - Massa Equatorial Continental (m.E.c.) – é quente e, apesar de ser
uma massa continental, é úmida devido à contribuição da evapotranspiração
da imensa Floresta Amazônica. Atua sobre a Amazônia Centro-ocidental e, no
verão, expande sua atuação até o Sudeste brasileiro, contribuindo com as
fortes chuvas de verão.

DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS
São definidos a partir da interação entre os vários elementos naturais:
relevo, solos, climas, vegetações e rede hidrográfica. Conheça os Domínios
Brasileiros:


















*1 – Domínio Amazônico – apresenta o domínio de terras baixas que
formam a Planície Amazônica. Abaixo da camada orgânica superficial, o solo é
pobre e arenoso. O clima nesse domínio é quente e úmido com chuvas
freqüentes. A cobertura vegetal é representada por uma floresta densa e a
rede hidrográfica é muito rica, com rios extensos e volumosos e milhares de
pequenos cursos d’água.
*2 – Domínio da Caatinga – estende-se pelo Sertão de clima semi-árido
com chuvas mal distribuídas. O relevo é dominado por extensas superfícies
planas entre formações serranas e chapadas. Quimicamente o solo é fértil,
mas ele é raso e pobre em matéria orgânica. Os rios intermitentes ou
temporários são uma marca desse domínio onde impera a caatinga, formação
vegetal aberta e de pequeno porte.
*3 – Domínio do Cerrado – ocupa a porção central do país. É um dos mais
importantes domínios naturais do Brasil. Estende-se por áreas planálticas com
chapadas, clima tropical continental com chuvas no verão e inverno seco. O
cerrado, sua cobertura de vegetação é uma formação predominantemente
arbustiva. Essa região central é um berçário de rios que nascem nessa região e
correm para diferentes bacias hidrográficas.
*4 – Domínio dos Mares de Morros – ocupa a porção oriental do país por
onde se estende o Planalto Atlântico com suas escarpas e um relevo ondulado.
O clima inclui desde o tropical mais úmido junto ao litoral até o tropical de
altitude. A formação vegetal original era a Mata Atlântica ou Floresta Tropical,
intensamente desmatada. Seus rios percorrem um relevo acidentado e são
úteis para a produção de energia.
*5 – Domínio das Araucárias – ocorre em áreas planálticas do Sul do Brasil,
onde se encontra o fértil solo de terra roxa. Área de clima subtropical
dominada pela Floresta Subtropical com pinheiros (Araucaria angustifólia) e
rios que pertencem à Bacia do Paraná, de grande aproveitamento hidrelétrico.
*6 – Domínio dos Pampas – também se estende por áreas de clima
subtropical com temperaturas mais amenas. Relevo aplainado com suaves
ondulações destacando-se as coxilhas. Rios pertencentes à Bacia do Uruguai. A
área é dominada por uma vegetação rasteira, os campos, utilizados como
pastagens. A destruição de Matas Galerias nessa região associada a um
aproveitamento predatório desse espaço tem provocado casos de
desertificação nesse domínio.
*7 – Faixas de Transição – encontram-se entre os domínios morfoclimáticos
descritos e não apresentam características bem definidas. Combinam as
características dos domínios vizinhos.



Agora nos resta conhecer os tipos de climas do Brasil:

*Equatorial – sempre quente e sempre úmido. Apresenta reduzida amplitude
térmica e um elevado índice de chuvas. Ocorre na Amazônia brasileira.
*Tropical – sempre quente, com verão chuvoso e inverno seco. Também
chamado de tropical continental é o clima predominante no país. Apresenta
uma variação mais úmida junto ao litoral (Tropical Úmido).
*Semi-árido – sempre quente, com reduzido índice de chuvas (mal
distribuídas). Apresenta a maior média térmica do país. Ocorre no Sertão.
*Tropical de altitude – chuvas concentradas no verão e inverno seco. Sua
média térmica é inferior ao tropical por influência da altitude e maior atuação
da m.P.a.
*Subtropical – apresenta a menor média térmica do país (16° - 18° C), a
maior amplitude térmica (grandes variações de temperatura entre o verão e o
inverno) e chuvas regulares, bem distribuídas. É típico da Região Sul, abaixo
do Trópico de Capricórnio.

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