A palestina é uma faixa de terra de 27mil quilômetros quadrados no Oriente Médio compreendida entre o mar Mediterrâneo, a oeste, e o rio Jordão e o mar Morto, a leste. Esse território foi ocupado no passado por diferentes povos, entre eles os Hebreus, que ali se estabeleceram por volta de 1.200 a.C. Expulsos da região no ano 70 pelas legiões romanas, seus descendentes, os judeus, se espalharam pelo mundo.
Os árabes muçulmanos, por sua vez, conquistaram a Palestina em 638 e durante séculos conviveram pacificamente com os poucos hebreus que ali se encontravam.
MIGRAÇÃO EM MASSAA partir do sec. XIX, ganhou força na Europa o sionismo, movimento nacionalista criado pelo escritor húngaro Theodor Herzl(1860-1904), que defendia a criação de um Estado judeu na Palestina. Os seguidores desse movimento alegavam que a Palestina era, de acordo com a religião judaica, a Terra Prometida por Deus ao povo hebreu. Na época em que o sionismo surgiu, no entanto, a Palestina pertencia ao Império Turco-Otomano, e a população que ali vivia era majoritariamente composta de árabes muçulmanos.
Estimuladas pelo sionismo, poderosas famílias judaicas doaram dinheiro a judeus dispostos a se estabelecerem na região. Como resultado, em fins do século XIX, cera de 12 mil judeus -muitos deles oriundos da Europa oriental -se fixaram na Palestina, onde compraram terras de latifundiários árabes.
Sob a influencia do pensamento socialista, imigrantes sionistas criaram nessas terras fazendas coletivas, os Kibutzim, que ainda hoje subsistem no Estado de Israel.
As pessoas que vivem em um Kibutz compartilham as mesmas moradias, refeições, escolas, etc. Por volta de 1914, os 60 mil judeus que a essa altura se encontravam na Palestina viviam em paz com os árabes.
Essa situação começou a mudar durante a Primeira Guerra Mundial, quando o governo Inglês pediu aos chefes das tribos árabes que o ajudassem a expulsar os turcos-otomanos da região. Em troca, prometeram apoiar a formação de um grande reino árabe, que se estenderia sobre a península Arábica e parte da Síria. Estimulados por essas promessas, em 1916 os árabes lançaram uma vitoriosa ofensiva contra os turco-otomanos.
Secretamente, porém, os governos da Inglaterra e da França fizeram um acordo pelo qual, uma vez terminada a guerra, dividiriam entre si as regiões do Oriente Médio pertencentes ao Império Turco. Ao mesmo tempo, os ingleses procuraram apoio da poderosa comunidade judaica internacional. Em troca essa ajuda, o governo da Inglaterra assinou, em 1917, a declaração Balfour, na qual anunciava a intenção de apoiar a criação de um Estado judeu na Palestina.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, em 1918, ingleses e francese passaram a administrar, em nome da Sociedade das Nações, os territórios árabes do Oriente Médio. A Palestina, que ficou sob domínio britÇanico, passou a receber levas cada vez maiores de imigrantes judeus. Em 1931 viviam na região 170 mil judeus. Esse número subiu ainda mais depois que Adolf-Hittler ascendeu ao poder na Alemanha, em 1933, e iniciou uma perseguição implacável aos membros da comunidade judaica.
Sentindo-se ameaçados com esse fluxo, os árabes-palestinos passaram a hostilizar colônias judaicas. Diante disso, o governo inglês tentou restringir a imigração. Mas as informações sobre o extermínio de judeus nos campos de concentração nazistas durante a Segunda Guerra Mundial comoveram a opinião pública mundial, abrindo caminho para iniciativas mais agressivas do movimento sionista.
Por essa época, existiam duas organizações armadas de origem sionista: O Hagana e o Irgun. Em 1938 o primeiro criou a Organização para a Imigração Ilegal, que introduzia judeus na Palestina sem a autorização das autoridades inglesas. Com o fim a Segunda Guerra Mundial e a conseqüente atitude de simpatia da comunidade internacional em relação ao sofrimento dos judeus, essa atividade se intensificou. Ao mesmo tempo, o Irgun passou a promover ataques contra alvos árabes e ingleses na região.
Em 1947 o governo da Inglaterra anunciou sua iminente retirada da palestina. Coube então á Organização das Nações Unidas a tarefa de encontrar uma solução definitiva para o problema da convivência entre árabes e judeus na região. Em novembro de 1947 a ONU aprovou um plano de partilha do território palestino em dois Estados.
De acordo com o plano, 56,5 por cento da palestina deveriam ser ocupados pelos judeus e 42,9 por cento pelos árabes-palestinos. A cidade de Jerusalém, encravada na área destinada aos palestinos e considerada sagrada pelos seguidores do islamismo, do Judaísmo e do Cristianismo, passaria a ser território internacional.
A Guerra dos Seis DiasDecorreu entre 5 e 10 de junho de 1967. Foi desencadeada por
Israel contra o Egito e a Jordânia nos termos de uma guerra preventiva,
já que o estado israelita sentia-se ameaçado pela política pan-árabe do
presidente egípcio Nasser (que se traduziu em alianças militares com a
Síria e a Jordânia) e pela partida de forças das Nações Unidas presentes
no Sinai desde 1956.
Israel começou por atacar o Egito e a Jordânia na madrugada do dia
5 de Junho; em apoio a estes países, a Síria une-se ao conflito. A
aviação egípcia seria destruída no solo pelas forças israelitas, logo no
início do conflito.
No dia 7 de Junho a Jordânia decide aceitar o cessar-fogo proposto
pelas Nações Unidas. O Egito abandona-o no dia 8. Quanto à Síria, o
cessar-fogo foi estabelecido na tarde de 10 de Junho.
Em conseqüência da guerra, Israel expandiu-se territorialmente,
ocupando a Cisjordânia (conquistada à Jordânia), a Faixa de Gaza e a
Península do Sinai (conquistadas ao Egito) e os Montes Golã
(conquistados à Síria). A parte da Cidade Antiga de Jerusalém (também
chamada Jerusalém Oriental), tomada a 7 de Junho por Israel à Jordânia,
seria reunificada por Israel com a Cidade Nova, formando um único
município sob jurisdição israelita. Em 1980 uma lei israelita declarou
Jerusalém como capital eterna e indivisível de Israel, mas a
ocupação de Jerusalém Oriental é considerada ilegal do ponto de vista
do direito internacional, tendo sido condenada por uma resolução das
Nações Unidas.
Guerra do Yom Kippur:A 6 de Outubro de 1973 os exércitos do Egito e da Síria atacaram
de surpresa Israel durante a celebração do Yom Kippur, com o objetivo
de reconquistarem os territórios que tinham perdido.
A criação do Fatah:Após a crise do Suez, Arafat foi viver no Kuwait, onde ele encontrou
emprego como engenheiro e acabaria por fundar a sua própria empresa.
No Kuwait ele esteve também envolvido na criação da Fatah, uma
organização dedicada ao estabelecimento de um estado palestino
independente e à destruição de Israel. Em 1963, a Fatah foi contratada
pela Síria, para levar a cargo a sua primeira operação militar - fazer
explodir uma bomba de água em Dezembro de 1964
A OLP E A FATAH:O conflito árabe-israelense piorou com a criação da Organização
para a Libertação da Palestina (OLP), liderada por Yasser Arafat, em
1964. Com o objetivo de fundar um Estado palestino, a OLP iniciou uma
ação de guerrilha contra Israel para retomar os seus territórios ocupados.
Em 1967, com a retirada das tropas da ONU da fronteira Egito/Israel,
teve início a Terceira Guerra Árabe-Israelense, conhecida como
Guerra dos Seis Dias. Mais uma vez, Israel saiu vitoriosa sobre os
países árabes (Egito, Síria e Jordânia) e ocupou a faixa de Gaza, a
península do Sinai (do Egito), as planícies de Golan (da Síria) e a
Cisjordânia (da Jordânia). O êxodo palestino aumentou com mais essa
conquista de Israel e alcançou, em 1968, 1 milhão e 600 mil refugiados.
O acordo de paz entre FATAH E HAMAS:Representantes do movimento palestino Fatah e do grupo
islâmico radical Hamas chegaram a um acordo nesta quarta-feira
07/06/2006 para investigar os incidentes de violência entre as milícias
palestinas, que mataram ao menos 16 de seus membros nas últimas
semanas. Uma das primeiras conseqüências do acordo, negociado com
a participação de mediadores egípcios, foi a retirada dos efetivos da força
paramilitar do Hamas --conhecida como "milícia de preto"-- da Cidade de
Gaza. A milícia, integrada por 3.000 homens, foi criada por iniciativa do
primeiro-ministro palestino, Ismail Haniyeh (Hamas), contrariando a
vontade do presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP),
Mahmoud Abbas (Fatah), que a considera "ilegal".
Em entrevista coletiva conjunta com representantes do Fatah, o deputado
Khalil al Haya (Hamas) disse que a reunião foi concentrada "nas
violações ocorridas no terreno [entre os militantes] e na maneira de evitálas".
A duas facções formarão comitês de investigação que terão a
cooperação de ambas as facções para julgar aqueles que violam a lei e
investigar os suspeitos"."Com o esforço de nossos irmãos egípcios,
esperamos pôr fim a todos os incidentes", acrescentou Abu Shamalla. Os
representantes do Fatah exortaram seus colegas do Hamas a dissolver a
"força de ajuda" aos organismos de segurança da ANP, integrados em
sua grande maioria por militantes do Fatah.
EM 2005 Israel retira suas tropas da Faixa de Gaza com a Lei de
Implementação do Plano de Evacuação ao mesmo tempo que promove
com ajuda dos estados-unidos uma acusação responsabilizando o
presidente da Síria pelo assassinado do primeiro ministro libanês , Rafik
Hariri depois de muita insistência a Síria retira-se do Líbano.
EM 2006 Inícios do conflito Israel-libano:
Logo após a retirada da
Síria do território libanês, dois
soldados israelenses
misteriosamente desaparecem
tanto na faixa de Gaza como
nas fronteiras ao sul do Líbano
recentemente evacuadas.
Segundo afirmam os
israelenses, os guerrilheiros do
Hezbollah teriam invadido Israel,
e de algum modo atravessado as região minadas na fronteira e raptado
dois soldados executado oito soldados, embora ninguém saiba ao certo
como conseguiram, outras versões (em fase de boatos) sugerem que os
soldados israelenses teriam sido presos ao atravessarem a zona minada
que faz fronteira com território libanês disfarçados de espiões ou civis.
Esse acontecimento levou a uma forte ofensiva do exercito
israelense contra o sul do Líbano, destruindo o sul do Líbano, mais não
conseguindo acabar com a resistência do hezbollah.
Resistência heróica:Pode-se, talvez, questionar algumas das formas que a sublevação
palestina assume, em especial as que escolhem como alvo a população
civil israelense. Mas não há como não respeitar, admirar e apoiar o
heroísmo dos jovens e das crianças que enfrentam os tanques de Israel
de estilingue em punho. Não há como não reverenciar a coragem de
Iasser Arafat, cercado há 21 meses nos escombros de um prédio de
Ramallah, ameaçado de banimento e assassinato, que responde "Somos
todos mártires".
Privado de sua terra, humilhado, ofendido, ensangüentado, o povomártir
da Palestina se agiganta por suas reservas de coragem e
esperança, que nenhum crime do ocupante é capaz de dobrar. Elas são
a garantia de que, mais dia, menos dia, este povo conquistará seu
legítimo direito á vida e á liberdade na terra dos seus antepassados, em
um Estado palestino soberano e independente.
A situação atual do conflito:
• O acordo de paz encontrasse parado devido, a eleição parlamentares
do hamas, que domina a câmara dos deputados da palestina, esse grupo
historicamente se opõe a política imperialista de Israel.
• O governo de Israel alega que o hamas é um grupo terrorista e por
isso não negocia com terrorista.
• A comunidade internacional não ver com bons olhos a eleição do
hamas e cortou o repasse de verbas para a palestina.
• Os dois grupos radicais acusam-se mutuamente de enfraquecimento
dois seus governos, e provocam atentados terroristas pára desequilibrar
ainda mais a já desgastada relação entre palestinos e árabes.