terça-feira, 25 de agosto de 2009

Turquia e União Europeia: Islã x Ocidente- É possível?



Cristãos e Muçulmanos lado a lado? Pois é, as negociações sobre a entrada da Turquia na União Européia podem servir nos próximos anos como um teste sobre a coexistência entre cristãos e muçulmanos no velho continente.

O crescimento das populações de origem islâmica nos países da Europa Ocidental é motivo de crescente preocupação nos meios oficiais em tempos de ataques terroristas. Tanto nos atentados de 11 de Setembro, como nas explosões dos trens em Madri em março deste ano, os autores, ou parte deles, eram cidadãos que deixaram o mundo árabe islâmico para viver na Europa.

A Turquia solicita, em 1959, o estatuto de membro associado da então Comunidade Económica Europeia (CEE).

Em 1973, o Acordo de Ancara (1963) e os respectivos protocolos adicionais permitem à Turquia poder integrar a União Aduaneira.

Em 1987, a Turquia pede oficialmente a sua adesão à UE. Dois anos depois, a Comissão Europeia recusa a candidatura recomendando a necessidade de reformas políticas e económicas na Turquia (na altura a UE estava concertada no mercado único). O caminho fica aberto, no entanto, para a cooperação com a Turquia, tendo em vista a abertura deste país à Europa.

A 1 de Janeiro de 1996, o acordo sobre a União Aduaneira concluído pelo Conselho de Associação Turquia-UE entra em vigor. A candidatura turca ganha novo vigor e em 1999 foi-lhe atribuído o estatuto de candidato.

Em 2001, é assinado o Partenariado para adesão, que constitui um quadro de orientação com as prioridades da Turquia para cumprir os critérios de Copenhaga, que definem as condições de acesso à UE: de natureza política (existência de um Estado de Direito democrático e o respeito pelos direitos humanos) e de natureza económica (economia de mercado viável).

O parlamento turco aprova mais de 30 emendas à Constituição de modo a cumprir o critério político de adesão e procede a reformas no sentido de cumprir o critério dos direitos humanos. Em 2004, a Turquia assina um protocolo que aboliu a pena de morte.

Em 2005, a Comissão Europeia deu início às negociações para a adesão da Turquia. O Parlamento Europeu advertiu que as negociações de adesão constituem um processo aberto cuja conclusão não está garantida.

2 comentários:

  1. estou fazendo um trabalho para o curso, e seu blog me ajudou muito obrigado...

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  2. Disponha amigo, pois é essa a minha intenção!
    abraço e desculpa o atrasdo para a resposta.

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